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Atenção redobrada para evitar prejuízos
Com a virtualização das relações pessoais e comerciais, cada vez mais situações vêm surgindo, que acabam gerando prejuízos às pessoas, mesmo àquelas mais cuidadosas. As artimanhas desenvolvidas para tirar vantagem dos desavisados são cada vez mais elaboradas.
Há alguns meses tem se verificado a queixa de aposentados e pensionistas, que recebem créditos de valores não solicitados em suas contas bancárias, e após, se veem obrigados ao pagamento de empréstimos de valores elevados.
Várias instituições financeiras vêm agindo dessa forma, fazendo empréstimos (não solicitados) na conta dos aposentados, e descontando o “financiamento” em até setenta e duas parcelas mensais, com juros elevados de tal forma, que o empréstimo não solicitado chega a custar aos aposentados até dez vezes o seu valor original.
E depois do primeiro empréstimo seguem inúmeros outros, sempre que é liberada nova margem consignável, transformando o consumidor em verdadeiro refém das instituições financeiras.
Para evitar ser vítima desse tipo de golpe, a melhor solução é bloquear o seu benefício previdenciário para qualquer empréstimo.
Outras situações que vêm sendo muito frequentes envolvem a atuação de hackers que, com um simples click, conseguem acesso a dados pessoais e também às contas bancárias das pessoas.
A ação mais corriqueira acontece através de mensagens de texto e via WhatsApp com link de acesso para obtenção de maiores informações. Ao clicar no link fornecido, o destinatário da mensagem permite a invasão virtual em seu telefone móvel, dando acesso aos seus dados pessoais, contatos e aplicativos de instituições bancárias.
O mais curioso é que esse link incluído na mensagem está atrelado, na maioria das vezes, a algum produto que de fato é usado pelo consumidor, como, por exemplo, ofertando a troca de pontos do cartão de crédito por passagens aéreas ou dinheiro.
Então, ao receber mensagens de texto ou por aplicativo, nunca clique no link de acesso sem ter absoluta certeza da idoneidade da mensagem.
Outra espécie de golpe é realizada através de ligações telefônicas, supostamente provenientes de agências bancárias. O interlocutor afirma ser funcionário do Banco X (normalmente onde a pessoa mantém conta bancária), e solicita a habilitação de outro telefone dentro do aplicativo do Banco. A justificativa é auxiliar o correntista a resolver um problema ocorrido na conta bancária deste.
No momento em que o correntista, acreditando que se trata de uma ligação do seu Banco, permite o acesso de outro celular no seu aplicativo, os golpistas podem ter acesso integral à conta bancária, contratando empréstimos e realizando transferências por meio de transferência, Pix e TED.
A ação dos golpistas pode durar apenas poucos minutos, mas com graves prejuízos.
Fique atento!
Não clique em nenhum link, seja por e-mail ou telefone. Tampouco dê acesso a outros números de celular ao seu aplicativo bancário, pois os Bancos não solicitam isso.
E, na dúvida, dirija-se até sua agência bancária para obter maiores esclarecimentos.

Jurídico:
Magali Flocke Hack
Assessoria Jurídica da CDL Parobé
Programa foca em transformar RS em referência global de inovação
Lançado em 2019 pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado, o Inova RS é um programa que tem como objetivo tornar o Rio Grande do Sul uma referência global em inovação como estratégia de desenvolvimento local. Na Universidade Feevale, somos responsáveis por coordenar o comitê Estratégico da Região Metropolitana e Litoral Norte do programa.
No Inova RS, trabalhamos para que, nos próximos anos, a Região Metropolitana e Litoral Norte seja referência global de inovação. Para isso, estamos desenvolvendo projetos nas áreas de saúde, educação, economia criativa e tecnologia da informação e comunicação, a partir de uma metodologia desenvolvida pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, em parceria com a Universidade Feevale.
Se antes lutávamos pela implantação da inovação como uma política pública e pela execução dessa política pública no âmbito da ciência, da tecnologia e do desenvolvimento, hoje buscamos fomentar o empreendedorismo. Queremos, com as nossas ações, potencializar a pesquisa acadêmica e tecnológica e agregar valor às atividades econômicas, contribuindo com o Rio Grande do Sul e colocando o Estado no mapa global da inovação.
A Região Metropolitana e Litoral Norte é composta por 52 municípios (entre os quais se inclui a cidade de Parobé), 10 parques científicos e tecnológicos, 20 incubadoras de empresas, 31 núcleos de inovação tecnológica e mais de 750 startups. Com relevância econômica e política no Estado, a região se destaca pela presença de importantes instituições de ensino superior, desenvolvimento industrial, tecnologias intensivas em conhecimento, potencial turístico e energias sustentáveis.
Para que a região e o Rio Grande do Sul se transformem em uma potência em inovação, temos desenvolvido muitos projetos, nos quais os grupos de trabalho são formados por profissionais com expertise em cada área estratégica. Além disso, há grupos multidisciplinares, com representantes da quádrupla hélice do ecossistema de inovação da região: universidades, empresas, governo e sociedade civil. Vivenciamos experiências de todas as áreas, o que é extremamente importante para que possamos desenvolver essa região da melhor forma possível.
Entre os nossos projetos, temos, na área de Tecnologias da Informação e Comunicação, a primeira plataforma no Brasil que engloba os atores públicos e privados em um ambiente de mapeamento e integração das necessidades e expertises à inovação. Isso implica em fomento à implantação de resultados tecnológicos efetivos e captação e distribuição centralizada de recursos financeiros. Já na área da Saúde, a ideia é desenvolver, estruturar e implementar uma governança e gestão em rede na saúde, desenvolver capital intelectual e prospectar e desenvolver soluções para gerar e atrair startups e projetos.
Na área da Educação, criamos um projeto voltado aos estudantes das escolas estaduais parceiras, envolvendo tecnologia e metodologias ativas. Na Indústria Criativa, por sua vez, já realizamos webinário para gestores públicos, apresentando possibilidades de como utilizar o potencial do setor para incentivar o desenvolvimento. Ainda será entregue uma plataforma para o Programa RS Criativo, assim como apresentada uma metodologia para medir o potencial dos setores criativos dos municípios.
Além de identificar potenciais talentos e produzir conhecimento, o nosso trabalho mapeia o ecossistema de inovação da Região Metropolitana e Litoral Norte. E, nesse período em que estamos atuando no Estado, nos estruturamos para fazer com que os projetos saiam do papel e, assim, possamos construir uma visão de futuro para a região e garantir bons resultados. Acreditamos, enfim, no objetivo maior do Inova RS, que é tornar o Estado, até 2030, referência global em inovação como estratégia de desenvolvimento local.

Artigo
Daiana de Leonço Monzon
Diretora de Inovação da Universidade Feevale e coordenadora do comitê Estratégico da Região Metropolitana e Litoral Norte do Inova RS
Sua marca está preparada para atender o novo consumidor de 2022?
Muito se modificou nesses últimos anos e o perfil de compra dos consumidores não poderia ser diferente. A pandemia acelerou o que já estava em ascensão, fazendo com que as empresas, principalmente aquelas que ainda não tinham aderido às facilidades do digital, corressem contra o tempo. O comportamento do consumidor é estudado constantemente, afinal, ele está em constante mudança. Porém, uma coisa é certa: a digitalização veio para ficar. De acordo com o Marketer ‘s Toolkit 2022: Relatório de Tendências Globais, 97% dos profissionais de marketing acreditam que as compras on-line terão influência nas estratégias do ano.
Pedir comida por aplicativo se tornou cada vez mais comum, mas o que chama a atenção é a busca por produtos e serviços que ainda não estavam disponíveis nos meios digitais. A pesquisa da State Of Commerce Experience afirmou que, no período de isolamento, 50% das pessoas estavam à procura de itens que, em outro cenário, talvez não fossem procurados digitalmente.
Além dessa mudança no consumo, o comportamento também sofreu alterações ideológicas. No início, muitos indivíduos tinham o pensamento de que se poderia aproveitar “o tempo livre” para fazer cursos, capacitações, entre outros. Hoje, entende-se que positividade demais pode ser tóxica para o dia a dia, dando espaço para emoções negativas. Outra mudança é no método de trabalho. Com o avanço do home office e plataformas que possibilitam a comunicação integrada, os indivíduos estão trabalhando em horários diferenciados, se distanciando daquilo que a maioria dos empreendimentos ainda chama de “horário comercial”. Entre as tendências para 2022 estão empresas que, além de visarem ao lucro, estão de olho no meio ambiente.
A partir disso, o Worth Global Style Network (WGSN) criou três novos perfis de consumidores que se destacam:
1) Estabilizadores
É composto principalmente de Millennials e Geração X. Priorizam a estabilidade em todos os aspectos da vida (uma reação à desestabilidade financeira e emocional dos últimos anos) e estão começando a deixar de lado o culto à produtividade e a optar pela aceitação radical, ou seja, experimentar a vida como ela é.
Para as empresas, significa adotar três estratégias: A primeira é a simplicidade na hora da venda, principalmente em e-commerce. A segunda é a busca por produtos zen e experiências tranquilas, independentemente do estabelecimento. Por último, mas não menos importante, está a comunicação unificada. O comportamento desse grupo é voltado para empresas que utilizam o chamado omnichannel, quando todos os canais da companhia conversam entre si.
2) Comunitários
Estão desesperados para redefinir o ciclo de agendas cheias e compromissos profissionais frenéticos. Uma notícia divulgada pela Stress Management Association (ISMA-BR) afirmou que o Brasil é o segundo com maior número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout. E é exatamente isso que os Comunitários querem fora de suas vidas.
Para as empresas, é um perfil que quer estar em contato com o comércio local, com a sustentabilidade, mas que também preza pela comunicação integrada.
3) Novos otimistas
É o grupo mais variado de todos, englobando pessoas desde a Geração Z aos Baby Boomers. Porém, apesar da ampla abrangência demográfica, eles têm diversos elementos em comum, sendo o apetite voraz pela felicidade o mais importante deles.
Para as empresas, é preciso que celebrem todas as faixas etárias, investindo em experiências mais tecnológicas de vendas, como as lives, por exemplo. Sem contar que é necessário facilitar o contato do cliente com a equipe de atendimento.
Afinal, como essas mudanças afetaram o mercado?
De acordo com a pesquisa da WGSN, compras on-line, comunicação unificada, home office, sustentabilidade, dessincronização social e a simplificação no contato com o cliente são algumas das mudanças. Isso porque é a partir desses temas que as estratégias de venda devem ser desenvolvidas.
Uma das necessidades que se faz presente em todos os perfis, é a de unir todas as comunicações para que o consumidor possa iniciar uma conversa por telefone e finalizar por WhatsApp. Dessa forma, além de facilitar o atendimento, todos os membros da equipe têm as mesmas informações disponíveis. De forma resumida, os empreendimentos devem facilitar. Os consumidores estão exaustos.
O comércio em livestream também se solidificou. Empresas inovadoras já estão investindo na criação de eventos de compra transmitidos ao vivo para promover as vendas e estimular o retorno sobre o investimento em plataformas sociais.
Além disso, os varejistas que disponibilizarem plataformas que permitam compras e entregas coletivas atrairão o público, assim como as marcas focadas nas entregas hiperlocais. Os empreendedores devem pensar em promover o engajamento em âmbito regional e oferecer descontos para determinar qual o melhor retorno sobre o investimento.
Outro recurso que está se destacando é o uso de plataformas de Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV). Os consumidores estão, cada vez mais, usando esses recursos para testar produtos. Quando se trata desse tipo de tecnologia, é preciso pensar menos em marketing e mais em conveniência.
Como manter a sua empresa saudável e no mercado, com a alta tributação e impostos
No Brasil muitas empresas foram prejudicadas, principalmente com a pandemia, devido às alterações repentinas no cenário econômico. A partir dessas dificuldades, as soluções, muitas das vezes, são feitas de forma errônea, gerando ainda mais consequências negativas.
Muitos acreditam que a única forma de diminuir a carga tributária é sonegando, o que é a pior escolha e não deve ser usada. Sonegar imposto é considerado crime, de acordo com a lei 8.137 , de 27 de dezembro de 1990. A pena para a prática prevê de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. Esta prática se dá no momento o qual o contribuinte omite as informações para as autoridades fiscais, no intuito de não pagar ou pagar menos impostos, como não emitr nota fiscal de venda, não exigir nota fiscal na hora da compra, omitir informações em declarações fiscais, entre outros. Em meio a essas turbulências, entendemos a importância de um profissional contábil.
A função da contabilidade é se manter informado sobre as alterações nas leis tributárias e trabalhistas, referente a município, estado e união, além no que diz respeito a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O profissional contábil também saberá fazer um levantamento de lucros e prejuízos, receitas e despesas, e saberá trabalhar com a empresa conforme a atual situação. Também irá orientar sobre abertura, como também a regularização e encerramento de um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
Cada ramo de atividade possui as suas particularidades, vantagens e desvantagens. Pode ser escolhido o enquadramento desde MEI (micro empreendedor individual) considerado o enquadramento com a carga tributária mais baixa, simples nacional ( também considerado com carga menor), lucro presumido (alta tributação, com vantagens nos tributos estaduais) a lucro real, conhecido por sua alta tributação, mas com créditos vantajosos de tributos da união e estado. Para encontrar o enquadramento ideal de uma empresa, o profissional contábil irá fazer um planejamento tributário. Mas afinal, o que é o planejamento tributário? Este planejamento é uma maneira que a contabilidade propõe para encontrar a melhor forma de enquadrar uma empresa, sem que haja desperdícios de recursos ou prática ilegal financeira. De modo geral, é uma forma de minimizar os custos fiscais. Ele terá de respeitar a lei de forma integral, procurando, no entanto, negócios jurídicos com menor ou nula tributação. Por isso é importante entender o enquadramento da sua empresa conforme sua atividade. Muitas das vezes é vantajoso optar pelo regime mais caro, no qual pagará menos, devido aos créditos que este oferece.
Após realizar o planejamento, e saber qual o melhor enquadramento tributário, o próximo passo para ter uma empresa saudável e competitiva no mercado é uma gestão interna, na qual irá controlar seus gastos, ganhos e investimentos e, em alguns casos, prejuízos. É a gestão empresarial que mostra o caminho financeiro que deve ser seguido. É claro que nem todas as empresas podem contar com um gestor particular para gerir suas finanças, pois isso requer um investimento financeiro que muitas das vezes foge de nosso alcance. Porém, uma boa gestão interna pode ser feita pelo próprio dono da empresa, desde de que planejada e colocada em ação de forma responsável. Optar pelo uso de planilhas facilita e economiza tempo, além de manter um controle geral sobre compras e vendas. Um exemplo de uma boa gestão é na hora de fazer as compras de mercadorias para estoque, além de pesquisar em busca do melhor preço, as empresas devem ter atenção nos tributos pagos por ela, como IPI (imposto sobre produtos industrializados), Substituição tributária, FECOM ( Fundo de combate à pobreza), diferencial de alíquotas (ICMS sobre compras interestaduais), entre outros, cobrados na nota fiscal. Estes devem estar incluídos no cálculo do preço de venda.
Em busca de maiores informações e orientações sobre manter sua empresa saudável perante a atual tributação, a Plano1 contabilidade conta com uma equipe especializada, capaz de lhe oferecer serviços além do que lhe diz respeito, prezando o melhor atendimento e sempre buscando realizar todos os seus objetivos. Orientando e trabalhando juntos para manter seu negócio saudável e no mercado.
Quais são as tendências de negócio para 2022 e 2023?
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Paraná lançou um guia com 14 tendências para nortear os empreendedores a se reinventarem e apostarem em novos métodos de gestão para 2022 e 2023:
1 - Inclusão
A assistência a grupos minoritários, que anteriormente poderiam passar despercebidos ou pouco assistidos pela indústria, se tornou uma das grandes exigências do consumidor atual, até mesmo daqueles que não fazem parte diretamente destes grupos. O que se espera é que as empresas se mostrem preparadas na prática, indo além de discursos motivacionais, para lidar com públicos diversificados.
2 - Dizendo não a programas de fidelidade
Lojistas que seguram consumidores em lojas físicas ou que ainda tentam implementar os famosos “programas de fidelidade” com cláusulas obscuras e juros altíssimos, não são considerados como boas soluções de crescimento, principalmente após a ascensão da tecnologia.
3 - Olhar ao colaborador
Os empreendedores devem estar sempre atentos às necessidades dos funcionários, desde condições de saúde (física e mental), até experiências no ambiente de trabalho, a fim de implementar melhorias e oferecer suporte adequado.
4 - Online 24 horas, todos os dias
Colocar o seu negócio na rede com divulgações no meio online traz uma série de vantagens, sendo talvez a principal delas o fato de que, a qualquer hora, em qualquer lugar, alguém pode adquirir seus produtos e serviços. A loja digital está sempre disponível e vende 24 horas por dia todos os dias.
5 - Extensão experiencial
Entre as mudanças impostas pela pandemia, o fato das empresas não se limitarem a “pontos de venda” é uma das mais significativas. As lojas físicas agora se tornam uma extensão experiencial do que as lojas virtuais não podem oferecer. O que isso quer dizer? Os lojistas podem explorar as vantagens do mundo físico de modo mais elaborado ou estratégico do que antes.
6 - Comunicação segmentada
Se antes o omnichannel era visto como “o futuro do mercado”, hoje já se entende que estar em todos os canais e redes sociais pode ser um tiro no pé. Os empreendimentos devem apostar em canais que realmente fazem sentido para o seu público, controlando a qualidade sobre cada um, unificando as informações e focando em aprimorar a fluidez das jornadas do cliente.
7 - Experienciar
A oferta de serviços no modelo de assinatura tem crescido a cada ano, fazendo com que a ideia de compra se desvencilhe aos poucos da ideia de posse: o consumidor não paga mais para adquirir, mas para acessar e experienciar.
8 - Delivery de tudo
O modelo na experiência de compra do cliente é tão (ou mais) fundamental para os negócios quanto a presença digital.
9 - Refúgios aquecem comércio local
O turismo introspectivo se relaciona com o crescente desejo da população por participar de “retiros rurais” e passar temporadas em locais mais tranquilos e isolados, especialmente quando cercados por natureza. No geral, as pessoas estão buscando desligamento desse turbilhão de informações que recebem diariamente. Este movimento se torna perfeito para os pequenos negócios dessas áreas, com potencial para fortalecer a economia da região.
10 - Sustentabilidade é a nova base dos negócios
Essa questão tem se tornado fundamental quando o assunto é mercado e indústria, já que é possível identificar uma espécie de setor econômico crescente originado dela.
11 - Novos processos de produção
Os materiais que vão para descarte podem ser comercializados ou permutados entre empresas, doados pela ou para a população, reutilizados em novos processos de produção ou transformados em bioenergia.
12 - Energias renováveis
Uso de energias renováveis e emergentes como a solar, eólica e bioenergia começa a ganhar cada vez mais espaço nos negócios.
13 - Conectividade
A conectividade deixou de ser uma grande novidade para a população e passou a fazer cada vez mais parte do seu cotidiano, especialmente após o período de isolamento. O público finalmente começa a desfrutar em peso das praticidades oferecidas por essas tecnologias e espera agora solucionar questões rotineiras, das mais triviais às mais complexas, a partir delas. Para o mercado, este é um ponto sem volta.
14 - Contribuindo para o bem-estar
Como forma de compensar os desgastes psicológicos vividos recentemente, as pessoas estarão propensas a buscar por “momentos de fuga” de distintas maneiras. O público está ainda mais ávido pela procura de serviços que contribuam para o seu bem-estar.
Mais de 1,5 milhão em prêmios entregues à comunidade
A CDL Parobé totaliza mais de 1,5 milhão em prêmios entregues aos moradores da cidade. Os números, que aumentam a cada ano, são expressivos e estão garantindo uma crescente no aumento do consumo local. A nona edição da campanha “Não ande a pé, compre em Parobé”, último evento com o sorteio de prêmios realizado pela entidade, representou um saldo positivo de 26% nas vendas de final de ano do comércio em relação a 2020 e gerou R$ 80 milhões em negócios. Com resultados como esse, a iniciativa da CDL se mostra cada vez mais atrativa tanto para os lojistas quanto para os clientes.
De acordo com o presidente da CDL de Parobé, Reginaldo Fabiano Hessler, todos os moradores ganham com iniciativas como essa. “O grande resultado é termos um comércio fortalecido pelo engajamento da comunidade, do poder público e do privado”, destacou Hessler, que também reforçou o quanto esse resultado positivo gera benefícios, não apenas no período de realização da campanha, mas durante todo o ano. “Principalmente em função da movimentação do comércio, da fidelização dos clientes, da geração de emprego e renda, assim como no retorno de ICMS para o município. É um círculo virtuoso”.
Segundo ele, é fundamental promover atividades que tirem as pessoas da zona de conforto e que as motive a fazer algo diferente, seja para fortalecer os negócios ou para competir com a migração do consumo para outros meios. “Quando se compra aqui, se investe aqui e, assim, mantemos a rotatividade do dinheiro em nossa cidade”, afirma. A campanha anual da CDL está se destacando no Estado e, além de fidelizar os clientes locais, tem ajudado a atrair cada vez mais consumidores de toda a região. “Inclusive de Taquara, que sempre foi um polo comercial significativo, o que nos orgulha muito e nos faz perceber que o trabalho está sendo bem-feito”, ressalta Hessler.
O que já foi sorteado pela entidade
Entre os prêmios entregues no decorrer das atividades propostas pela entidade, estão R$ 43.700,00 em vale-compras, R$ 17.750,00 em dinheiro para vendedores, R$ 10.000,00 em dinheiro e R$ 3.000,00 em carta de crédito. A CDL também já entregou mais de 200 bicicletas, mais de 20 carros, mais de 10 motocicletas, quase 60 televisões de diversas polegadas e já proporcionou 4 viagens para destinos variados. Além disso, outros prêmios foram entregues à comunidade, como ar-condicionado, batedeira, colchão, conjunto de mobílias, computadores, freezer, forno elétrico, liquidificador, máquina de lavar louças, máquina de lavar roupas, microondas, mini system e smartphone, assim como uma reforma para casa e um ano de academia, farmácia, compras em lojas de roupas e supermercado, revisão no automóvel e serviços de beleza.
Última edição da campanha “Não ande a pé, ande em Parobé”
A iniciativa contou com a participação de 187 lojas do município e a distribuição de 1,6 milhão de cupons entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022, 30% a mais do que o ano anterior. Ainda em janeiro, o público pôde acompanhar o sorteio de nove vale-compras de mil reais cada e três Fiat Mobi.
O encerramento da promoção aconteceu na Rua Coberta da Praça 1º de Maio e contou com a presença da comunidade e de autoridades locais, como o prefeito de Parobé, Diego Picucha, que destacou os resultados positivos. “A movimentação da economia da nossa cidade é o objetivo principal, ainda mais num momento pós-covid, em que precisamos fazer a economia girar, gerar renda e emprego”, disse.
O presidente da Câmara de Vereadores, Marquinhos Friedrich, aproveitou para destacar a importância da parceria do poder Legislativo com a CDL e as dificuldades enfrentadas pelos lojistas ao longo dos últimos anos. Ele ainda constatou que “o sorteio marcou o fim de uma campanha que cumpriu seu propósito, que era o de incentivar o consumo em nossa cidade”.
Ganhadores de 2021

A campanha “Não ande a pé, compre em Parobé” premiou Dilson Antonio Hermes, Elaine Aparecida Ficagna e Maicon Portal com um Fiat Mobi 0Km cada. Além deles, outros nove moradores receberam um vale-compra no valor de mil reais. Foram eles: Vera Lamb, Cristiane Weber, Soeli Brambila, Jaime A. da Silva, Kallini Gabriela da Rocha de Souza, Joveni Maria Silva, Eronita de Almeida, Valdir Antonio Martinelli e Vanessa de Mello.
Elaine, que foi a primeira ganhadora do carro, conta que estava acompanhando uma novena no momento do resultado. “Foi uma surpresa boa, minha prima me ligou para contar, recebi mensagem de uma ex-colega de escola e então comecei a acreditar”, contou. Ao longo da campanha, Elaine preencheu em torno de 30 cupons, tanto em seu nome quanto no nome do marido e dos dois filhos. “Ainda tínhamos uns 5 que ficaram em cima do balcão, pois não tinha me dado conta do dia do sorteio”, confessou ela.
Já Hermes, que foi o vencedor do segundo Mobi, estava presente na Rua Coberta e ouviu, com emoção, seu nome sendo chamado. “Fiquei prestando atenção em tudo o que se falava e pensando em quanto papel tinha naquela roleta enorme”, observou. Durante o anúncio, ele percebeu que conhecia o vendedor cujo nome estava no cupom quando ouviu o nome do ganhador. “Estava mandando mensagem para o Emerson, da Karumbé, quando ouvi o meu nome. Foi uma surpresa, não caiu a ficha ainda”, confessou instantes após o recebimento das chaves.
Quando seu nome foi anunciado, Portal conta que ficou sabendo à distância, mas que a emoção foi enorme. Ele não deu conta de atender todos os telefonemas. “Sou representante comercial e estava atendendo um pessoal em Nova Petrópolis quando os amigos começaram a me ligar. Uns estavam lá na praça, outros acompanhando pela internet”, contou ele. Segundo Portal, esta foi a primeira vez que ganhou um sorteio como esse. “Acho que agora usei a sorte para o resto da vida”, brincou. Maicon disse que suas compras no comércio local lhe renderam muitos cupons, mas, especificamente da loja pela qual foi premiado, recebeu seis. Os vendedores responsáveis pela distribuição dos cupons que resultaram na premiação dos carros foram bonificados com R$ 500,00.


Nem o distanciamento social impediu os empreendedores de Parobé de crescer
Apesar do período de distanciamento social, de acordo com o Sebrae, Parobé possui números positivos, com 854 empresas abertas e 354 extintas em 2020; 1.087 abertas em 2021 e 461 extintas em 2021; e 327 abertas e 133 extintas apenas no início de 2022. Além do crescimento da cidade, o Sebrae desenvolveu um programa emergencial, atendendo Regional Sinos, Caí e Paranhana. As consultorias, realizadas de forma totalmente virtual, foram desenvolvidas nas áreas de planejamento, finanças e marketing, com 90% dos valores subsidiados pelo Sebrae.
Mas como se reinventar nos negócios?
Reinventar. Essa foi uma das palavras que, se antes não fazia parte, entrou no vocabulário de muitos empreendedores, principalmente durante os dois últimos anos. 2020 e 2021 não foram anos fáceis para os negócios, mas Parobé achou maneiras de repensar os seus empreendimentos. Através do apoio de entidades como a CDL, assim como cursos online, capacitações e consultorias, os empresários da cidade encontraram o caminho para, como dizem os mais velhos, “colocar o trilho nos eixos”.
Porém, para seguir a maré e acompanhar o consumo dos clientes, as empresas não podem parar. E sabe o que isso significa? Estudar constantemente, estar sempre ligado aos trends topics das redes sociais e aprimorar cada vez mais o serviço para melhorar a experiência do consumidor. Mesmo em período de readaptação em decorrência do cenário pós-pandêmia, é necessário que os gestores estejam sempre um passo à frente. Para isso, três pilares são necessários para seguir reinventando os seus negócios:
1) Foco no produto ou serviço que gera mais lucro
Nunca é tarde para rever o foco da atividade da empresa.Um exemplo claro para isso é uma loja de roupas e calçados femininos e masculinos que possui 90% do faturamento em produtos femininos. Focar apenas nessa linha ajudaria, não apenas a liberar espaço no estoque para itens que geram mais receita, mas também reduziria a necessidade de compra de itens com baixa saída.
Essa mesma lógica pode ser aplicada a outros segmentos, reduzindo a oferta de produtos ou serviços, mas focando naqueles que contribuem de fato para a sobrevivência da empresa e que chamam mais atenção do consumidor ou que o empreendimento já seja conhecido por oferecer esse produto ou serviço. Ter posicionamento é tudo.
O mais importante, porém, é que essa medida seja tomada em sintonia com os interesses do cliente, percebendo os movimentos naturais de consumo. É um contínuo exercício de adaptação, mas sem perder o propósito do negócio. É a partir disso que entra o segundo tópico:
2) Público-alvo bem definido
O foco no público-alvo da empresa pode ser definido por diferentes perspectivas. Porém, antes de fazer pesquisas, é preciso pensar no tipo de consumidor que o empreendimento tem atraído. Eles ajudam o negócio a atingir os objetivos estratégicos? São os objetivos? Ou, no entanto, consomem toda a energia da atividade ou demandam recursos excessivos sem compensar, impedindo o crescimento?
Primeiro, a empresa deve responder as perguntas acima. Após resolver o questionário, quando tiver certeza de que está atraindo os clientes certos, é que está na hora de focar nas tendências de consumo. São elas que apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já estavam tomando conta das empresas e impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia, das redes sociais e marketplace, por exemplo, como forma de vender e se relacionar com clientes.
Uma tendência que continua em alta é a de valorização das marcas com propósito: o cliente está cada vez mais em busca de empresas, independentemente do porte, que tenham um propósito claro, algo que vá além de vender um produto ou serviço e que justifique por que existe e por que ela deve ser escolhida pelos consumidores.
3) Preenchendo lacunas por meio da profissionalização
Reinventar o empreendimento é uma medida temporária, que servirá apenas para manter a empresa de pé? Ou será o impulso para dar um salto depois?
Diariamente, o gestor já deve ter percebido lacunas. Falta de mão de obra na reposição de produtos ou montagem, pouco gerenciamento das redes sociais, baixo retorno de orçamentos no WhatsApp. Desde o baixo número de funcionários para alta demanda, até a ausência de canais de venda e comunicação virtuais para se conectar ao consumidor, os empreendedores devem estar em constante busca por capacitações para aprimorar o negócio.
Recomenda-se que se repare nesses pontos frágeis do empreendimento e procure melhorá-los. São aquelas questões que vêm à mente: “se eu tivesse estoque, conseguiria resolver isso com mais facilidade” ou “se estivesse preparado para este momento, a minha empresa sentiria menos o impacto”. Profissionalização é um dos pilares da retomada. Além disso, o amadurecimento das empresas, a profissionalização da gestão, a inovação e a capacidade de se adaptar à pós-pandemia tornam as empresas mais competitivas para a retomada.
E quando o problema é o líder?
Imagine a seguinte situação: Você, como gestor, percebe que a sua equipe anda desmotivada e improdutiva, mas não sabe por onde começar e quais são os problemas que estão influenciando no bom desempenho da sua empresa. Ao contratar uma consultoria para auxiliar neste aspecto, chega o surpreendente diagnóstico: o problema está em como você está conduzindo o seu negócio.
Esse é o choque de mais de 80% dos empreendedores de pequenas e médias empresas da região que entram em contato com a consultora empresarial Cristiane Corrêa (foto) para melhorar o desempenho de suas equipes. Os empresários procuram ajuda para os problemas dos funcionários, mas não enxergam que a solução precisa começar de cima para baixo. “Nós identificamos que antes dos funcionários, quem precisava de treinamento eram os gestores. Eles precisam estar prontos para encarar essa realidade, principalmente pós-pandemia”, relata Cristiane.
Segundo ela, os empreendedores passam por dificuldades muitas vezes por não enxergarem, com clareza, o que esperam de suas empresas a longo prazo. Cristiane explica que é preciso identificar se existe esse planejamento empresarial e se ele está alinhado com as expectativas pessoais de seus fundadores. Se o resultado for negativo ou se não estiver claro, inconscientemente, este pode ser o cerne do problema.
Mas, nada está perdido. De acordo com a consultora, os gestores devem começar respondendo perguntas como: Será que o meu propósito de vida está diretamente relacionado ao propósito da empresa que criei? Será que os meus colaboradores têm uma visão clara de suas funções e dos produtos/serviços que estão vendendo?
Depois de refletir sobre o assunto e de receber mentorias, os empresários conseguem enxergar ações de liderança, de prospecção, de gerenciamento de equipe, entre outros aspectos. “Isso causou uma situação mais tranquilizadora. Dessa forma, eles sabem que não estavam sozinhos, mas estão cientes de que precisam mudar o seu mindset”, esclarece Cristiane. Nenhuma empresa é igual a outra, assim como as capacitações não devem ser. “Não tem uma receita pronta. Consultor que diz ‘aplica isso que vai dar certo’ não é consultor. Você tem que entender a realidade, identificar a necessidade e dar o remédio na dose certa”, relata.
Outra reclamação que a consultora recebe com frequência, é o número baixo de vendas. Ao estudar a equipe e a empresa, Cristiane constata que, em sua maioria, não é bem o que acontece. “Na verdade ele não está tendo lucro. Aí é uma questão de gestão. Ele tem indicadores? Ele tem metas e objetivos de venda? Ele faz treinamento com os funcionários? Não. Então claro que ele vai deixar de vender”, explica. Além da gestão, outros problemas podem influenciar, como a desatualização dos produtos no mercado, por exemplo.
Família e amizade... Negócios à parte
Contratar amigos e parentes? Acontece com facilidade, mas e a dificuldade para demitir? Isso pode gerar uma série de conflitos. “Aqui dentro você não é irmão, você não é sobrinho, você é diretor. Você precisa ter isso muito claro dentro da sua empresa”, esse foi o aconselhamento de Cristiane para um de seus clientes. Essa mescla do ambiente profissional com o pessoal pode gerar certos problemas que já poderiam ter sido resolvidos ou evitados.
Outro caso muito comum, principalmente em empresas que crescem de repente, é o fato de que gestores acabam promovendo pessoas com quem mantém amizade fora do vínculo profissional. Em um de seus atendimentos, a consultora percebeu que determinado empreendimento não abriria mão do funcionário que era um ótimo vendedor, mas se tornou um coordenador mediano, justamente por não ter o perfil necessário. Segundo ela, isso é falta de visão estratégica.
É necessário que todas as empresas tenham uma pessoa responsável pela contratação, pois ela consegue analisar se o candidato tem ou não as qualificações necessárias. Cristiane conta que fundadores de pequeno e médio porte geralmente seguem a lógica: vou lançar a vaga no mercado, a pessoa faz a entrevista, eu simpatizo, ele começa a trabalhar para mim. Um ano depois ele já é meu amigo, e na primeira oportunidade ele se torna gerente ou supervisor.
Em seus 23 anos de experiência na área, ela identificou que 90% das empresas de pequeno porte que já atendeu possuem esse hábito e acabam se perguntando: “Poxa, mas o cara era tão bom nas vendas, como é que ele não consegue coordenar a equipe?”
E Cristiane responde: “Porque ele fazia do jeito dele. Ele não tem as habilidades para trabalhar com equipe. Não é fácil coordenar”.
Liderança e resiliência
Muitos chefes querem ser líderes, mas não conseguem alcançar esse objetivo. A diferença? Enquanto um estimula a equipe e influencia diretamente na satisfação dos colaboradores, o outro encara o medo dos funcionários como a meta para se mostrar superior à equipe. Em uma pesquisa feita pelo Hay Group com a Universidade de Harvard, dos 3 mil gestores entrevistados no Brasil, 63% criam um clima desmotivador. Um perfil que também dificulta o andamento da empresa, é o fundador que continua com a cabeça de funcionário, pensando como um.
O líder, por outro lado, tem uma visão de futuro, quer que a equipe engaje junto com ele. Esse é o perfil de quem quer ter uma empresa, mas quer ter um propósito de vida com ela. “Ele é um cara que está sempre à frente, sempre buscando, sempre se atualizando. Não é todo mundo que tem essa veia empreendedora, por isso que muitas empresas fecham nos primeiros dois anos”, explica Cristiane.
Cristiane relata que a palavra “resiliência” é muito bonita, mas não é exatamente fácil de se colocar em prática, principalmente nos últimos anos, em que os empreendedores tiveram de lidar não só com os problemas financeiros, mas os psicológicos, entendendo que esse é um tópico fundamental para os negócios. “Essa questão da resiliência é uma palavra extremamente importante desde que a pessoa tenha essa veia empreendedora, se não, ela não consegue trazer da teoria para a prática”, conta.
O gestor precisa estar sempre se aprimorando, possuindo direcionamento estratégico e boa comunicação, além de saber lidar com pessoas. Contudo, isso não significa que os momentos de crise estarão no passado e que não restarão dúvidas sobre o seu negócio, afinal, faz parte do ser humano. A dica de Cristiane é ter em mente as respostas para as seguintes perguntas: qual o meu foco? O que eu preciso fazer para estar à frente do meu negócio?
Gustavo Caetano esclarece como usar a inovação e a tecnologia ao seu favor
Para falar sobre inovação e como se posicionar perante as transformações digitais, a CDL Parobé entrevistou Gustavo Caetano, CEO e fundador da Samba Tech e autor do Best Seller “Pense Simples”. O empresário é considerado um dos 50 mais inovadores do Brasil pelo Meio&Mensagem, está entre os 10 jovens mais inovadores do país pelo MIT e foi eleito pelo LinkedIn um dos 10 Top Voices Influenciadores do Brasil. Além disso, recebeu a medalha de JK, maior honraria dada a um cidadão Brasileiro, como Personalidade Brasileira do Ano em Tecnologia. Confira a entrevista.
1) Como criar uma mentalidade inovadora dentro dos negócios, independente da área?
Todo empreendedor precisa entender que a inovação faz parte de qualquer negócio. Quer dizer, as empresas que não inovam vão desaparecer porque o mundo está mudando muito rápido. Segundo: todo negócio precisa adotar o digital. A tecnologia precisa fazer parte do DNA de qualquer empreendimento em qualquer mercado. E terceiro: É simples. A gente acha que a tecnologia é complexa, que a inovação é complexa. Eu tento desmistificar isso. Acredito que a mudança de mentalidade vem a partir do momento que o empreendedor, que o empresário, descobrir que não é tão complexo como parece porque estamos vivendo a era das plataformas, a era em que é barato utilizar a tecnologia.
2) E por que alguns empresários parecem ter medo da tecnologia?
Geralmente quando alguém fala para mim assim: Ô Gustavo, eu não sei mexer com tecnologia, isso é muito difícil. Eu pergunto se ele já usou o WhatsApp, o Instagram e o Facebook, por exemplo. Em sua maioria, as respostas são positivas e eu digo: Pois é, isso é tecnologia. Então percebemos que ela não é mais aquele bicho de sete cabeças, e eu entendo que antigamente era porque me lembro do meu pai configurando videocassete para gravar o show do Roberto Carlos no final do ano e o quão complexo isso era. Hoje tudo é muito intuitivo. A lógica agora das empresas de tecnologia, e é algo que a gente precisa aprender também, é que o simples conecta, o simples engaja, o simples gera escala. Todo aplicativo que cresce, é aquele que é simples.
3) Como fazer com que as empresas saiam das suas zonas de conforto para exercitar a sua criatividade?
Eu gosto de fazer com que as pessoas pensem em uma lógica diferente, provocando os empreendedores a pensarem dez vezes: como eu posso fazer algo que eu faço hoje, só que dez vezes mais rápido? Ou dez vezes mais barato? Como que eu gero dez vezes mais valor para o meu cliente? Nisso eu descobri que ou você muda o jeito de fazer as coisas, porque você não aplica dez vezes do mesmo jeito, ou você adiciona a tecnologia que não tinha antes. Um comerciante que tem uma sapataria pode estar vendo a internet como uma grande ameaça, mas ele deveria estar pensando: “Como eu gero dez vezes mais receita para o meu negócio? Do mesmo jeito não é. Então eu vou ter que achar canais novos de distribuição”. Tenho alguns amigos de Araguari (MG), minha cidade natal, que têm uma loja antiga de brinquedos no município. Eles entenderam isso: “Por que eu preciso vender só aqui? Por que não usar a internet para vender dez vezes mais do que eu vendo só com a minha loja?”. Então entraram em todos os marketing place do Brasil e rapidamente se tornaram um dos três maiores vendedores do país.
4) Parobé é uma cidade pequena no interior do Rio Grande do Sul, onde empresários e consumidores ainda optam pela compra e venda em lojas físicas. Quais ações inovadoras podem ser adotadas nesse aspecto?
Outros negócios trilham o caminho que eu gosto de chamar de diferenciação por atributos irrelevantes. Quer dizer, estou diferenciando o meu produto ou serviço por atributos que não necessariamente são de mais alta tecnologia, uma patente, porque esses são atributos relevantes. Por exemplo: Fui para Balneário Camburiú (SC) com a minha família e o motorista que pegou a gente no aeroporto perguntou se nós já tínhamos marcado para ir na pizzaria dos super-heróis. Chegamos lá, a pizzaria era cheia de quadros temáticos e revistas, os garçons estavam vestidos de super-heróis, as pizzas eram do Hulk, do Super-Homem. Sabe o que esse cara fez? Ele pegou uma pizzaria que é igual a todas da cidade e a transformou na pizzaria dos super-heróis. Que é única, que tem fila. Isso é diferenciação por atributos irrelevantes. Por isso, existem dois caminhos, o ligado à tecnologia, e esse. Nenhum está certo ou errado. O errado é quem fica no meio, quem não se posiciona porque não gera diferenciação nenhuma.
5) Percebemos que as empresas não estão conseguindo fazer planejamentos a longo prazo (10, 20 anos). Por que isso está acontecendo?
O mundo está mudando muito rápido, são muitas variáveis. Antigamente você tinha os seus competidores locais, onde estão posicionados, o que estão fazendo. O problema hoje é que os inimigos são invisíveis. Eu estou no conselho de uma empresa grande e estou vendo que tem players que vêm de lugares que você nunca imaginou. Não é mais aquele negócio de “os meus competidores são esses aqui” porque o cara da farmácia está competindo com o Mercado Livre, por exemplo, já que o consumidor está comprando em uma farmácia online com entrega em um ou dois dias. Então isso faz com que aquele planejamento que se tinha de cinco anos ou até mesmo de um ano, tenha que ser refeito cada vez mais rápido. Tem uma regra que eu gosto muito de falar que é a do exército canadense: se houver disparidade entre o mapa e o terreno, fique sempre no terreno. Quer dizer o seguinte: Eu tenho um mapa que diz que tem um rio aqui. Se eu olhar no chão e não ver o rio, não começo a nadar na areia. E a mesma coisa serve para o empreendedor que fala que quer crescer 50% ao ano. Você combinou com o resto do mundo? O mundo está mudando e não tem jeito de controlar isso. O que deve ser feito é planejamentos mais curtos, seguindo a lógica de olhar sempre o terreno.
6) Por que as empresas grandes estão se sentindo ameaçadas pelas pequenas?
Não é a lógica da empresa pequena versus a grande. É a pequena inovadora. Estamos na era de Davi contra Golias em que o pequeno olha para o grande e diz “não vou competir de igual para igual com o grande, não tenho a escala que o grandão tem. Mas onde ele é ineficiente? É aí que eu vou entrar”. Mas, de novo, diferenciação e posicionamento.
7) Algumas empresas acabam misturando o lucro com o seu propósito. Como fazer com que enxerguem que isso está acontecendo?
Tem um livro muito legal do Simon Sinek, que diz “Comece pelo porquê”. O que isso significa? No lugar de dizer para as pessoas da sua empresa “nós temos que bater meta, nós temos que vender mais”, começando pelo como ou o quê, comece perguntando por quê cada um está ali. Todas as nossas reuniões na Samba Tech começamos assim. Tenho reunião com as pessoas do time na segunda e sexta-feira e em todas relembramos isso, então é essa a dica que eu trago para o empreendedor que tem dificuldades para enxergar o propósito da sua empresa.
8) O que motiva os empreendedores a saírem de suas zonas de conforto?
O que eu já percebi é que as pessoas não fazem as coisas por conta própria. O que estimula a inovação é o medo, a incerteza e a dúvida. Enquanto está cômodo, que tem aquela receita, você fala “não, nosso mercado é tradicional, nosso cliente quer isso, nosso cliente quer aquilo” até que vem alguém, entra no seu mercado e toma conta. Então geralmente esses três sentimentos fazem com que a pessoa pense de um jeito diferente. Mas também tem dois tipos de reação: a paralisia, que você consegue agir porque está com medo, ou você pode ser como meu amigo Vitor Belfort, campeão mundial de UFC: um dia eu perguntei para ele se não tinha medo de lutar. Ele me respondeu: “Gustavo, eu morro de medo. Mas eu aprendi a usar a meu favor, então eu treino mais porque eu tenho medo. Se eu não chegar muito preparado, eu vou ser massacrado”. Então quer dizer, tem gente que pega o medo e joga ele para chegar ainda mais longe. Eu uso esse método, sou paranóico com a transformação. Minha empresa tem 18 anos e se você pegar os últimos oito anos, viramos quatro empresas diferentes no sentido de se transformar o tempo inteiro.


Lifelong Learning: nunca é cedo ou tarde demais para aprender algo novo
“Mark tem 22 anos e graduou-se como tecnólogo durante a pandemia. Está contente com as perspectivas, e busca demonstrar as suas competências para aumentar o seu salário e investir em um período sabático no exterior, por isso, vai iniciar um curso de qualificação para aprender um terceiro idioma e fará uma especialização, ao mesmo tempo em que planeja a viagem, visto e sua estada no exterior para o final do próximo ano.”
“Emma tem 59 anos, três graduações, concluídas em décadas diferentes, e um mestrado. Tem quase 30 anos de experiência profissional na gestão comercial de grandes indústrias e orgulha-se das conquistas pessoais e profissionais, mas mesmo assim, tem buscado um MBA em Data Science, pois quer estar preparada para compartilhar com sua equipe estratégias para proporcionar, aos clientes novos produtos e serviços cada dia mais adequados às suas necessidades.”
Esses dois casos são hipotéticos, mas será que não poderíamos identificá-los no nosso “feed” de amigos? E, de fato, o que ambos os profissionais têm em comum? Sem dúvidas, trata-se do desejo de aprender continuamente! Esse é o conceito-chave que define o Lifelong Learning, ou seja, trata-se da aprendizagem ao longo da vida. É um processo dinâmico que varia de acordo com as habilidades individuais e a motivação para a aprendizagem de cada um. Porém, é um elemento cada vez mais valorizado pela sociedade e pelas organizações, pensando nas habilidades que um profissional precisa desenvolver ao longo de sua trajetória.
O conceito do Lifelong Learning, em si, não é novo. Ele foi e será uma tendência. Já o conhecemos com outros nomes ao longo das últimas décadas. O que muda na abordagem deste momento, é a ênfase incentivada mais recentemente pela fusão da vida off-line x on-line dos anos recentes, fazendo com que se defina com clareza a distância entre aqueles que buscam uma diferenciação na sua vida profissional e aqueles que, talvez, estejam somente no “piloto automático”, seguindo uma rotina, cujas atividades estejam “OK”, mas sem uma contribuição efetiva para a inovação e a criatividade.
Para aplicar na prática a cultura do Lifelong Learning, temos que permanecer atentos a alguns detalhes à nossa volta, sobretudo, para a(s) carreira(s) que queremos seguir. Sim, se você não se deu conta, falamos no plural, pois teremos várias carreiras diferentes ao longo da vida. Sendo absolutamente redundante nos divertirmos com um jogo de palavras, uma pergunta que cada um de nós deve responder é: “qual é o futuro do trabalho, do trabalho em que eu quero trabalhar no futuro?”
Se, antes, a garantia de um emprego estava em fazer algo específico, muitas vezes mecanizado e contínuo, hoje, a empregabilidade somente é conquistada quando estamos abertos a aprender todos os dias. O que importa, na verdade, é onde queremos chegar.
Obviamente, devemos considerar as tensões que vivemos no dia a dia e não deixar que a vontade de aprender seja novamente considerada como algo mecanicista, que acabará apenas por inserir mais um compromisso na agenda em meio ao ritmo acelerado do cotidiano. Ou seja, devemos considerar nossa inteligência emocional, para que a disposição para aprender seja mais um elemento positivo para a nossa saúde física e mental, para crescermos como pessoas e profissionais.
Quando aprendemos, mudamos! E quando mudamos, criamos novos comportamentos! E, finalmente, esses novos comportamentos impactam positivamente nas organizações e na sociedade. E você, o que pretende aprender hoje?

Artigo
André Viana
professor e coordenador dos cursos de Comércio Exterior, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Comercial e Gestão em Serviços na Universidade Feevale
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